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Soja bate R$ 84 e acelera venda antecipada do grão no MS

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Soja bate R$ 84 e acelera venda antecipada do grão no Estado
Enquanto nesta safra, o equivalente a 2,65 milhões de toneladas de soja já estão comercializadas
Imagem créditos: arquivo Por: CORREIO DO ESTADO

Produtores de Mato Grosso do Sul já venderam 25,5% da safra de soja, ou 2,65 milhões de toneladas, que só serão colhidas a partir de fevereiro de 2019. A média – correspondente ao que foi comercializado até 24 de setembro, após quase 10 dias do lançamento do plantio da oleaginosa no Estado – ultrapassa o patamar alcançado no mesmo período do ano passado, quando foram vendidos 13,9% da safra. Os dados são da corretora Granos Commodities Agrícolas e levam em conta uma produção de 10,2 milhões de toneladas, projetada para a safra 2018/2019. Em números, isso daria aproximadamente R$ 3,7 bilhões, considerando o valor médio da saca de soja a R$ 84, praticado ontem nas principais praças produtoras de MS.

Enquanto nesta safra, o equivalente a 2,65 milhões de toneladas de soja já estão comercializadas, no ciclo anterior, o índice de vendas da oleaginosa produzida no Estado alcançou 88%. Isso representa 8,19 milhões de toneladas de uma safra que somou 9,4 milhões de toneladas, conforme os números da Granos.

Plantio
Até sexta-feira (28), a área plantada de soja acompanhada pelo Projeto Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS) já havia alcançado 4,5% no Estado, de acordo com dados divulgados pela Associação de Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MS) e pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul). Entre as regiões acompanhadas, a sul está com o plantio mais avançado, em média, a 6,4%, enquanto a região centro está com 1,2% e a região norte, com 0,6% de média. A área plantada soma 127.541 hectares.

Ainda conforme o boletim de acompanhamento da soja, a porcentagem de área plantada na safra 2018/2019 está 3,7% superior à safra anterior para a mesma data. A evolução, considerando os últimos dez dias, foi de aproximadamente 2,6% para o Estado, ou seja, 72.636 hectares foram plantados neste período.

Na comparação com os dados da safra anterior (2016/2017), a Aprosoja estima aumento de 4,9% na área plantada, passando de 2,70 milhões para 2,84 milhões de hectares. A expectativa é de crescimento de 4,6% no volume de produção do grão — de 9,58 milhões de toneladas na safra 2017/2018 para 10,05 milhões de toneladas na safra 2018/2019. A produtividade para a próxima safra está estimada em 59 sacas por hectare.

Milho
Já em relação ao milho safrinha, segundo a Granos, as vendas antecipadas atingem 12% do grão que será plantado a partir de março do próximo ano em Mato Grosso do Sul. A projeção considera uma safra de 9 milhões de toneladas. Isso significa que 1,08 milhão de toneladas de milho, que terá o plantio iniciado em seis meses, já estão vendidos. Quanto à safra atual — 100% colhida e totalizando 6,68 milhões de toneladas, nas projeções da corretora —, 52% deste volume já foi comercializado.

Balanço do safrinha apresentado pela Aprosoja na última semana, durante evento de lançamento da feira Showtec, apontou que Mato Grosso do Sul produziu 7,838 milhões de toneladas de milho 2ª safra 2017/2018, com média de 70,1 sacas por hectare. As condições climáticas, principalmente a falta de chuvas durante o cultivo, prejudicaram o andamento da safra que terminou com queda de 25% em relação a 2016/2017, quando o Estado produziu 9,8 milhões de toneladas com média de 98,3 sacas por hectare.

“Os projetos de atuação da Aprosoja, como Siga/MS e Soja Plus, estão ai para evidenciar nossos dados. Mesmo em um ano ruim, atingimos 70 sacas de média no milho. Enfrentamos quase 50 dias de seca, justo no momento crítico, reprodutivo da planta. Isso mostra que superamos um desafio, o de empregar tecnologias em um ano ruim”, relatou o vice-presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.

Com a quebra de safra, a expectativa da associação era colher 66 sacas por hectare, mas o presidente da Aprosoja/MS, Juliano Schmaedecke, afirmou que o uso de tecnologia na agricultura diminuiu os impactos da estiagem. “Percebemos que os investimentos feitos pelos produtores nos últimos dez anos, em fertilidade e genética, asseguraram um bom resultado mesmo com as condições climáticas complicadas”, explicou.

A área plantada com milho safrinha se manteve em 1,8 milhão de hectares em Mato Grosso do Sul. Ocorreram variações nas produtividades de determinadas regiões, sendo 118,4 sacas por hectares a maior registrada. Para acompanhamento da safra, técnicos do Siga/MS visitaram 2.978 propriedades que cultivaram milho.

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