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ANÁLISE-Exportação de soja do Paraguai deve superar a da Argentina pela 1ª vez

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Por Hugh Bronstein e Daniela Desantis
ASSUNÇÃO, 4 Jun (Reuters) – O Paraguai deve exportar neste
ano mais soja do que a vizinha Argentina pela primeira vez, já
que os produtores locais se esforçam para aumentar a produção e
preencher a lacuna no fornecimento deixada pelos argentinos após
a seca nos pampas.
O Paraguai produz cerca de 3 por cento da oferta global.
Quaisquer exportações adicionais devem ser apanhadas pelo
mercado, afetado pela tensão sobre políticas comerciais entre a
China, maior importador de soja do mundo, e os Estados Unidos,
segundo maior exportador.
O Paraguai envia a maior parte de suas exportações para a
vizinha Argentina, maior fornecedor global de ração à base de
soja. Os grãos paraguaios são conhecidos por seu alto teor de
proteína, tornando-os especialmente atrativos para os produtores
de farelo.
Os processadores de soja argentinos compraram cargas de
países tão distantes quanto os EUA para compensar a seca que
reduziu as estimativas de produção doméstica para menos de 40
milhões de toneladas, ante previsões iniciais de 55 milhões de
toneladas. A Argentina esmaga quase toda a sua soja, em vez de
exportá-la em grão.
As exportações de soja do Paraguai são estimadas em 6,3
milhões de toneladas este ano, segundo o Departamento de
Agricultura dos EUA (USDA), ante 4,2 milhões de toneladas da
Argentina. As exportações devem voltar à sua tendência normal na
próxima temporada, com o USDA prevendo os envios argentinos em 8
milhões de toneladas e os do Paraguai a 5,9 milhões de
toneladas.
A produção de soja paraguaia cresceu para mais de 10 milhões
de toneladas no ano passado e deverá atingir esse marco
novamente nesta temporada. O governo diz que o país pretende
dobrar a produção até 2028. A chave para atingir essa meta é a
vasta e árida parte oeste do país, conhecida como Chaco.
«Se o Chaco for colocado em linha, poderemos produzir 60 por
cento a mais de soja do que agora», disse Hector Cristaldo,
produtor e presidente da organização de grupos agrícolas UGP.
O Chaco recebe cerca de 900 milímetros de chuva por ano,
contra 1.800 a 2.000 milímetros no principal cinturão produtor,
disse Cristaldo. O oeste do Paraguai também é 8 a 10 graus mais
quente do que a média de 21 a 22 graus no leste, disse ele.
A Capeco, câmara de grãos e exportadores de sementes
oleaginosas, está trabalhando com os agricultores locais e o
USDA para desenvolver variedades de soja que possam resistir ao
clima quente do Chaco.
Este ano, 30 mil hectares no Chaco foram semeados com
variedades experimentais de soja, com 50 mil hectares de
plantios experimentais previstos para a próxima temporada, disse
Jose Berea, chefe da Capeco.
Se as variedades tolerantes ao calor puderem ser adaptadas
para a região, a área plantada de soja no Paraguai poderá mais
que dobrar frente os 3,5 milhões de hectares previstos para a
safra 2018/19, de acordo com um recente relatório do USDA.
Os grãos do Chaco seriam transportados para o leste até o
Rio Paraguai e colocados em embarcações rumo ao sul para os
centros de exportação Nueva Palmira, no Uruguai, ou Rosario, na
Argentina.
Empresas como ADM , Bunge , Dreyfus e AGD
possuem operações de esmagamento ao longo do Rio Paraguai. A
gigante de grãos Cargill possui uma fábrica no cinturão de soja
leste, com acesso rápido ao Rio Paraná, que leva aos mesmos
centros de exportação.
Além da Argentina e do Uruguai, o Paraguai exporta soja para
a Europa, Rússia e Turquia.
(Por Hugh Bronstein e Daniela Desantis; Reportagem adicional
por Karl Plume)
((Tradução Redação São Paulo, +5511 5644 7721))
REUTERS IM JRG

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